Em sua apresentação, o presidente em exercício Pedro Barbosa listou as principais linhas de atuação da Fiocruz, os projetos de maior relevo, a expansão das parcerias internacionais e a instalação de novas unidades no país. Ele lembrou que já existe uma unidade próxima ao Peru (instalada em Manaus), que já desenvolve projetos com outros países amazônicos, e em breve será inaugurada uma outra ainda mais perto da nação vizinha, em Porto Velho. Segundo a primeira-dama, o Peru está buscando essa parceria porque o país precisa se desenvolver e deixar para trás a desigualdade sócio-econômica, que se reflete nas condições de saúde da população, que ainda é muito pobre. “Necessitamos, por exemplo, de um programa como o Saúde da Família, em que poderemos levar médicos e outros profissionais de saúde aos mais pobres, sobretudo no interior do Peru. E temos que investir e valorizar a atenção básica”.
Nadine demonstrou grande interesse em saber mais sobre o SUS, pois ela defende a reforma do atual sistema de saúde peruano, que não alcança a toda a população. Ela também pediu mais informações sobre a produção de medicamentos na Fiocruz e quis saber como se daria um processo de transferência de tecnologia. O coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), Paulo Buss, explicou à primeira-dama o processo histórico que levou à criação do SUS, em 1988, e discorreu sobre os medicamentos fabricados pela Fundação. Ao final da reunião, a primeira-dama percorreu o Castelo da Fiocruz. Ela estava acompanhada do embaixador peruano no Brasil, Jorge Bayona Medina, e do cônsul-geral no Rio de Janeiro, Rolando Ruiz Rosas. Nadine, de 36 anos, é casada com o presidente do Peru, Ollanta Humala. Doutora em ciência política, tem mestrado em sociologia e graduou-se em ciências da comunicação. Ela é co-fundadora e membro do Partido Nacionalista Peruano.
