Com o tema Saúde na Agenda do Desenvolvimento pós-2015: desafios nacionais e globais, o ex-presidente da Fiocruz esmiuçou o documento resultante da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), a Rio+20, intitulado “O Futuro que Queremos”. Além disso, defendeu que não se assegura desenvolvimento sustentável sem a garantia de uma população saudável. “Temos presente, na nossa visão de sociedade, que saúde e desenvolvimento estão conectados. Uma população mais saudável contribuirá para o desenvolvimento, da mesma forma que populações menos saudáveis terão dificuldade em crescer economicamente e progredir. Sem a preocupação com a saúde, o desenvolvimento será pífio. Não terá sentido se não contribuir para o bem-estar, qualidade de vida e saúde”, afirmou Buss, exemplificando algumas das diversas evidências sobre a relação entre os campos.
Conforme mencionado pelo palestrante, o relatório oficial da Rio+20 inclui a dimensão da saúde como um importante componente. A declaração reconhece que "a saúde é uma precondição para, um resultado de, e um indicador de todas as três dimensões (econômica, ambiental e social) do desenvolvimento sustentável". O documento traz nove parágrafos sobre o tema e, segundo Paulo Buss, será um orientador do processo de elaboração da Agenda de Desenvolvimento das Nações Unidas pós-2015, pois reconhece a importância de estabelecer Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que devem ser coerentes e integrados à agenda.
Participaram da mesa de abertura o diretor da Ensp, Antônio Ivo de Carvalho; a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade; e o vice-coordenador da Associação dos Pós-Graduandos da Fiocruz, David Soeiro. O diretor da Ensp abriu a mesa e destacou a renovação e a oportunidade de troca de conhecimentos proporcionadas pela entrada dos novos alunos na Escola a cada ano.

*Informe Ensp